O nome hoje é saudade. Mas não é aquela de longe. Saudade também se faz perto. Aquele tipo de saudade que uma palavra já aproxima, que um sorriso já soma e que um abraço te conforta. Saudade bandida que te rouba estando perto, que te leva pra longe mesmo que esteja do outro lado da rua. Uma saudade meio irônica, porque ela está ali sem vontade. Só esperando você mandar ela ir embora. E assim eu sigo sentindo... Uma baita saudade. Que saudade! Êh saudade! Assim que acordei hoje lembrei de você, do seu jeito singelo, poucos gestos, sem falar muito. Com esse sorriso, que me encanta só de olhar. O som do meu bom dia ecoou doce nos ouvidos porque lembrei da tua voz.E enquanto eu acordava veio uma estranha sensação. Uma sensação de saudade pelo o que nunca aconteceu. Do que poderia ter acontecido mas...Foi só uma sensação, eu acho. Vontade de ter você, só uma vez, como se fosse a última vez. Uma intensa vez, como nenhuma outra. Meu único consolo é que sei que vontade dá e passa. E parece que você passou. Sim, você passou.É um não querer querendo. Uma ilusória saudade do que já é passado. Parece que quanto mais caminhamos, maior se torna a distância e menor a vontade. É uma pena porque eu adoraria te querer. Mas sem querer eu acabei me afastando. Sem perceber o destino ajudou ou conspirou contra. Vai vê o destino esteja apenas mandando sinais. Pois é, eu já entendi e faz algum tempo. O meu esforço não foi suficiente pra te fazer entender minhas vontades e minhas escolhas. E com o tempo a gente acaba levando a vida para o outro lado. Com outro alguém ao lado. Sem querer mesmo, as coisas vão acontecendo...E aconteceu de não ter você.E mesmo com o nosso silêncio, com todos os tropeços, com os desencontros, os descaminhos, mesmo assim, eu ainda continuo te querendo.
